Quem nunca olhou no espelho e sentiu que o cabelo mais parecia uma sabotagem do que uma moldura? Que de uma hora pra outra ele se revelou o pior inimigo? Em dias assim precisamos de um Cabeleireiro, um Hair Designer, um Visagista, ou sei lá, um psicólogo, um padre... Qualquer coisa, até mesmo um blog como este! Cabelos e Conversas vai tentar desmistificar que cabelos bonitos devem ser estáticos como fotografias, ou lisos como cabelos das propagandas de xampús, porque cabelo é como a vida, está sempre mudando, está sempre em movimento... E como em tudo, o negócio é buscar ser Feliz!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Cabelos na sociedade sempre foram símbolo de poder e sedução. De acordo com pesquisadores evolucionistas, nossos ancestrais foram  perdendo os pelos quando passaram  a dominar o fogo,  e percebendo que dessa modo, os machos conseguiam procriar mais dos que os machos que possuíam mais pelos,   eles passaram a utilizar pedras afiadas para diminuir os pelos do corpo. E assim chegamos a imagem atual dos homens. Mas isso mudará de acordo com a cultura de cada lugar. Ou  filosofia de vida,  religião,  condição social,  cargo exercido,  área de atuação profissional, etc. Assim é com os homens e também, principalmente  com a mulher. 
Ao longo da História mulheres foram imortalizadas em quadros,  retratos,  esculturas,  nos remetendo a uma percepção visual,  de pobreza,  luxo,  representatividades de cada povo ou cultura. Os penteados demonstravam a importância social tanto masculina, quanto feminina. 
Na Grécia Antiga,  as mulheres se casavam aos 16, sendo assim,  lhe cortavam parte das tranças num sinal de abandono da infância. As mulheres da vida, que trabalhavam em prostíbulos pintavam os cabelos de vermelho. A protetora dessas mulheres era a deusa Afrodite,  sendo retratada  pelos artistas, normalmente,  com cabelos avermelhados.

O vermelho nos cabelos ainda hoje está muito ligado a sensualidade,  com uma conotação menos vulgar, talvez um pouco mais rebelde.
No Egito os nobres usavam perucas para se distinguirem socialmente. Uma personagem muito conhecida é da rainha Cleópatra,  com suas perucas negras e franjas bem aparadas sob as sobrancelhas.

As mulheres romanas usavam perucas loiras feitas com cabelos de bárbaros presos em  batalhas, ou os tingiam com sabão amarelos.


Como podemos ver,  os acessórios também eram muito utilizados por elas.

 Na idade média os cabelos eram presos para trás e testas eram raspadas para que o chapéu fosse a atração principal. Em alguns casos as nobres chegavam a utilizar gaiolas com bichos nos cabelos  como ostentação.

Mas foi na Idade Moderna que os cabelos tornaram-se ícones de gerações, com a Revolução Industrial foram desenvolvidos os primeiros ferros de cabelos, e desde então a indústria de cabelo não parou de crescer. 
No início do século XX,  com as duas Guerras as mulheres dominaram o mercado de trabalho, e para tornar a vida mais fácil, dado o grande número de horas que trabalhavam nas fábricas, cortaram seus cabelos e adotaram chapéis. Um ícone desse período foi Coco Chanel : que se tornou uma das mulheres mais famosas e copiadas na sua época,  e uma grande estilista da história,  sendo citada, seguida e imitada até os dias de hoje em releituras do seu corte, seus tailleurs e o seu perfume é um dos  mais famosos do mundo contemporâneo.
O cinema era o veículo que determinava qual estilo de cabelos que seria mais usado na década de 40, As personagens interpretadas por suas atrizes encantavam as mulheres que reproduziam seus cortes   ganhando u pouco do ar da personagem. Isso não modificou muito,  até os dias de hoje. Só aumentaram os veículos de imagem e mídia. A década de 40 foi dominada por homens,  vivíamos II Guerra Mundial. As mulheres voltavam as fébricas pra substituir os homens que lutavam nos campos de batalha, mas no cinema a beleza de Rita Hayworth brilhava no filme "Gilda". 


Mas foi na década de 50 que um rosto marcou definitivamente ia marcar um ideal de beleza feminino,  foi a beleza loira,  mediana, com pontas onduladas de Marilyn Monroe. A mulher que teve por benção e castigo sua beleza e que erminou com sua vida uma década depois de estourar na telona. 



Outra representante da história dos cabelos,  foi a modelo Twigg,  com seu corte ousado, ela brilhou nas passarelas na década de 60, com cortes curtos, num rosto perfeito, foi considerada a primeira top model do mundo. 

Na década de 70, ícones de beleza foram "As Panteras" com seus cabelos repicados no estilo selvagem que ganhavam a cabeça das mulheres nas ruas do mundo ocidental. Na música,  com sua bela voz,  Donna Summer,  se tornava a Rainha da Disco com cabelos alongados, e repicados realçando sua beleza negra e presevando o estilo dominante da época.




Na década de 80 as mulheres começavam a ganhar o mercado de trabalho definitivamente, de donas de casas,  a divorciadas e arrimo de família. depois de queimarem sutiens em praças públicas os novos ventos da liberdade e igualdade começavam a tomar conta do nosso mundo. Madona surgia com seus  cabelos ao natural, volumosos, raiz escura, pontas loiras,  cantando "Like a Virgin". Margaret Thatcher,  era eleita como primeira-ministra no Reino Unido e era a primeira mulher com tamanha liderança num partido tradicional Com seu cabelo curto num  repicado cheio,  sempre muito bem penteado e voloumoso,  demonstrando sua força e poder. 









Aqui no Brasil,  Xuxa estreava na tv com seus cabelos loiros,  finos, ao natural. Claudia Raia aparecia nas telinhas com cabelos no estilo pigmaleão,  que foi um dos cortes mais utilizados nesse período, o selvagem,  ganhava uma frente mais curta e alinhada. Esse cote também foi muito usado por homens: Chitãozinho e  Xororó,  foram grandes exemplos desses homens. Em São Paulo,  no final dessa década,  a candidata Luíza Erundina era eleita a primeira prefeita da cidade, algo nunca antes imaginado, aconteia no coração capitalista do país. A mulher nordestina chegava ao ápice do poder na cidade mais rica e populosa do país. 

   

Então chegamos a década de 90, uma frieza e sobriedade tomava conta das passarelas e ruas. Cabelos simples,  com cores uniformes Madonna aparece repaginada com cabelos  loiríssimo extra blond, Celine Dion rouba a cena,  junto com Whitney Houston.  Lady Dy viaja o mundo,  se separa e quase no fim da década morre num acidente de carro.  Madre Tereza morre aos 87anos. Na passarelas Naomi Campbell e Kate Moss brilham.











 Collor é eleito o primeiro presidente pelo voto popular e junto com  Zélia Cardoso de Mello a primeira ministra do Ministério da Fazenda, lança o plano de verão que leva muita gente a falência no Brasil.  Na tv no horário nobre surge Adriana Esteves. Os cabelos lisos e sem volume começam a tomar conta do mundo.

 

          

Então chegamos a uma nova década,  e as portas do século XXI se abrem para novos tempos, a década anterior a tecnologia e informática evoluiu muito,  agora se espalha pelo mundo, a internet cresce assustadoramente em números de acessos. Um período que não tem um cabelo característico,  releituras de tudo o que foi visto antes,  a volta das cores,  novas técnicas de coloração. A indústria de cosméticos só crescem no mundo todo!!! 
A beleza de Angelina Jolie e a sua solidariedade encantam o mundo. tempo de realitys shows,  celebridades instantâneas. Grazi Massafera é um dos exemplos de celebridade desse tipo de programa que se manteve na mídia com sucesso e trabalhos sérios. Beyonce e Rihanna estouram no mercado musical. no brasil Ana Carolina estoura. Muitos e diversos estilos vão aparecendo,  tudo é novo e deixa de ser numa velocidade muito rápida, a ditadura é cuide-se,  seja magro,  mas use e seja quem ou o que você quiser. A única coisa que é proibida é ter preconceito. mais leis anti racismo são aprovadas,  mais atos de terrorismo e intolerância são vistos! Vemos pelo mundo mulheres se tornarem presidentas, como  Myreia Moscoso, de 1999-2004 no Panáma,  como tantas outras pelo mundo. esta foi a década em que mais mulheres chegaram ao poder.










São muitos os cabelos, os estilos, mas quanto maior a importância de uma mulher na sociedade,  no que é relativo ao poder,  elas foram,  são e sempre serão muito bem penteadas, um exemplo bem brasileiro é a nossa Senadora Marta Suplicy,  que procura manter sempre o cabelo e a face em perfeito estado,  se bem que no caso do rosto,  não creio que suporte muitas cirurgias mais,  ou botox, e nossa presidenta que iniciou o mandato já no início da segunda década do século XXI e iniciou sua campanha eleitoral em meio a um tratamento contra o cancêr,  e pra percebermos como a imagem comove,  ela usava uma peruca grotesca,  com cara,  aspecto total de peruca,  realmente grosseira,  numa espécie,  ao meu ver,  de identificação com a massa que não tem poder aquisitivo pra comprar uma peruca daquelas que a Beyoncé usa, se tornando mais familiar a massa que ela gostaria de conquistar. Um outro exemplo de peruca bem feita foi da apresentadora Hebe,  que assim que passou pela cirúrgia,  saiu do hospital com uma bela peruca loiríssima, toda trabalhada,  como ela gosta de usar o próprio cabelo, numa demonstração de superioridade ao enfrentamento da doença. Hoje a imagem da presidenta não se compara com a que deu inicio a campanha eleitoral. Fica claro que o dinheiro e o poder diferenciam claramente umas pessoas das outras,  e isso fica evidenciado na imagem delas. 
 







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